quarta-feira, 12 de dezembro de 2012



Nossa proposta por um DCE de luta

Somos a Chapa 1 - Amanhã Vai Ser Outro Dia -, chapa de oposição à atual gestão do DCE. Nessa chapa estão os coletivos, movimentos, CA’s, DA’s e estudantes da UNIRIO que têm estado à frente das lutas por uma Universidade popular, pública, gratuita e de qualidade para todos.

Nossa chapa, assim como nosso programa político, foi construída através de plenárias e constantes debates, já que optamos por formar uma chapa de unidade dos diversos setores combativos e atuantes na nossa universidade. Dessa forma, garantimos o pluralismo e o dinamismo democrático em detrimento de práticas como as colocadas na atual gestão, de aparelhamento partidário, caminho de conciliação com a reitoria e abandono da organização e luta.

Por entender que precisamos de um DCE que dê resposta aos problemas da universidade, inclusive os criados pelos programas de expansão sem qualidade do governo, como o Reuni, é que estamos disputando essas eleições. É necessário um movimento estudantil que se paute pela construção das lutas de base em cada campus, centro e pólo. As soluções para os problemas da universidade se conquistam tornando os estudantes sujeitos ativos no seu planejamento, junto aos docentes e servidores. Precisamos de um DCE independente, que não compactue com a reitoria nem o governo, um DCE que promova as lutas e represente todos os estudantes por meio da politização e do debate nas bases, construindo junto ao estudante, cotidianamente.

Convidamos você a conhecer, apoiar e votar na nossa chapa nos dias 11 e 12!

Por que somos oposição?

Somos uma chapa de oposição de esquerda à atual gestão de DCE (PCdoB/PT), que no último ano demonstrou não ser capaz de organizar as lutas necessárias na universidade. Prova disso é o nosso bandejão, que, após anos de luta, teve suas obras iniciadas em 2011 com um prazo de 300 dias e, já no fim de 2012, a obra ainda não foi entregue. O DCE não mobilizou os estudantes e achou melhor justificar as falhas da reitoria do que combatê-las!

Nacionalmente, a gestão do nosso DCE está alinhada à direção majoritária da UNE (PCdoB/PT). Assim como essa direção se consolida como braço do governo no movimento estudantil, o DCE da UNIRIO nada mais é que um porta-voz da nossa reitoria, justificando negligências administrativas e mantendo relação de troca de favores, ao invés de mobilizar os estudantes para uma luta construída pelas bases.

Nos últimos anos, a ala majoritária da UNE recebeu milhões do governo federal e, por isso, não teve independência frente ao governo Lula/Dilma para pautar a luta dos estudantes. Não é à toa que 20 anos após o “Fora Collor”, essa direção se manteve calada frente ao julgamento do mensalão, defendendo os corruptos de seu partido. O próprio presidente da UNE, Daniel Iliescu (PCdoB), afirmou que fará um ato em apoio ao José Dirceu (PT) mesmo após sua condenação no julgamento do mensalão no STF.

A direção majoritária da UNE e a atual gestão do DCE-UNIRIO não nos representam! Por isso, construímos uma chapa de oposição à atual gestão. Não queremos um DCE do governo Dilma ou da reitoria. Defendemos um DCE de lutas, combativo, independente, de base e democrático! Acreditamos que essa é a única forma de pautarmos a fundo todas as reivindicações, para termos um DCE dos estudantes, que construa no cotidiano da UNIRIO as demandas e propostas de solução para nossa melhoria.



Nossa concepção de Movimento Estudantil

Construímo-nos como alternativa por compormos uma chapa que engloba todos os setores combativos de esquerda da UNIRIO visando unir pautas em comum e superar práticas de movimento estudantil que falham em fortalecer o diálogo com as bases e democratizar os espaços de deliberação, como vimos na gestão de 2012. Pautamos um movimento autônomo e independente das reitorias e governos, que se afaste dos vícios de aparelhamento por parte de organizações alheias à universidade e que, portanto, se apresente como projeto antagônico ao tocado pela atual gestão do DCE.

Para efetivar essas propostas, é necessário que o conjunto dos estudantes verdadeiramente se aproxime do dia a dia das lutas da universidade, participando de modo a democratizar a estrutura, formação e formas de condução do movimento estudantil, repensando os espaços do Conselho de Entidades de Base (CEB), assembleias e fomentando a criação e fortalecimento de CAs e DAs.

Concretamente, temos como objetivo promover os espaços supracitados, eventos culturais, a democratização do acesso à informação através de jornais, murais e redes sociais, fundir ao DCE os coletivos organizados que já existem, divulgar previamente as datas de CEBs e organizar uma semana de amplo espaço de convivência dos estudantes da UNIRIO, para que se possa debater a participação política na universidade, a estrutura e a organização interna do DCE, por meio de debates, assembleias, fóruns e atividades.


Conjuntura e greve

Temos assistido no mundo inteiro a intensificação das lutas e mobilizações. Desde 2007, a crise econômica, a maior do sistema capitalista desde 1929, reflete na piora das condições de vida, aumento do desemprego e do custo de vida, cortes de verbas nas áreas fundamentais como saúde e educação. Os governos, a serviço do mercado, tentam passar a conta da crise para a juventude e os trabalhadores, para salvar os banqueiros e grandes empresários que causaram a crise. A juventude é quem mais sofre com a crise, no Brasil quase 20% dos jovens entre 18 e 25 anos não tem emprego nem estuda e menos de 4% tem acesso ao ensino superior público.

Indignados! A juventude e os trabalhadores vão às ruas em todo mundo contra os cortes dos governos e as medidas de austeridade. O mais recente símbolo dessa luta foi o 14N, greve geral em seis países e manifestações em diversas cidades da Europa. No norte da África, a piora nas condições de vida gerou as lutas que culminaram na derrubada de ditaduras de mais de quarenta anos.

“ÔôÔ Dilma, que papelão Tem dinheiro pra banqueiro Mas não tem pra educação!” Aqui no Brasil, fomos parte ativa da maior greve da educação e do serviço público federal dos últimos 10 anos. Estudantes, técnicos-administrativos e professores se mobilizaram contra os programas institucionais de educação (PNE, Prouni e Reuni), contra os cortes de verbas de 5 bilhões de reais nos últimos 2 anos do governo Dilma, contra o congelamento dos salários e contra a precarização das Universidades. Enquanto investe menos de 4% do PIB na educação, o governo Dilma (PT/PMDB/PCdoB) contempla banqueiros e empresários com 47% do orçamento do país. Não foi à toa que ao mesmo tempo em que se recusava a receber os grevistas, Dilma anunciava o “kit da felicidade” do Eike Batista, privatizando as estradas.

Resultado dessas políticas concretas do governo frente à crise, estivemos em greve para defender o serviço público, gratuito e de qualidade na educação. A expansão das vagas das universidades, através do programa do ReUni, visa em números sem estar combinada à perspectiva de qualidade de ensino, maiores investimentos na educação e condições dignas de trabalho e estudo.



EBSERH

A gente não quer!

Somos inteiramente contrários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. De natureza privatizante, ela trará privilégios aos ricos, convênios privados, além de grandes prejuízos ao ensino e à assistência, que serão controlados pela lógica mercantilizante do setor privado.

Criada como último ato do governo Lula para gerir os 45 hospitais universitários federais, fará com que a universidade deixe de gerir o hospital e fragilizando o vínculo empregatício com contratação por CLT. O governo e a reitoria apresentam a EBSERH ao TCU como solução para regularizar os milhares de funcionários em situação irregular, já que permitirá a flexibilização da contratação sem concurso. Na realidade, ela não traz soluções, pois não há mais tempo para que o acordão seja cumprido, já que não houve autorização orçamentária para novas contratações, seja via RJU, seja pela empresa.

Trata-se de mais uma iniciativa que visa atender aos interesses do capital privado. Inclui, até mesmo inconstitucionalmente, a dispensa de licitações. A empresa não traz novas ferramentas de gestão e nem ampliação de investimentos, apenas abrirá a porta para a privatização da saúde, pois a empresa poderá ser vendida e fazer convênios com entidades privadas de todo tipo.



Flávia, diretora da UNE, abraçando o prefeito Eduardo Paes

Mãos à obra? Mãos ao alto!

R$3,05 é um assalto!

Sabemos que a permanência do estudante na Universidade está vinculada aos gastos diários que temos com os transportes. Por isso, sentimos no bolso cada aumento de passagem. Passadas as eleições, o prefeito reeleito Eduardo Paes anunciou mais um aumento das passagens de ônibus, para R$3,05. É o pagamento da conta eleitoral às empresas de ônibus que o apoiaram e financiaram sua campanha.

A juventude tem se mobilizado pra dizer não ao aumento. Mas não confiamos naqueles que dizem fazer parte da luta e ao mesmo tempo fazem parte do governo Paes, como o PCdoB e o PT, setores políticos que fizeram a campanha do Paes e também fazem parte da atual gestão do DCE.

Apoiamos integralmente essa luta e entendemos que é fundamental mobilizar os estudantes para barrar esse aumento nas ruas.


Dinheiro para o mensalão, a gente já viu...
QUEREMOS VER PRA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!

Visando a manutenção da qualidade do ensino, a assistência estudantil é fruto da defasagem entre as estruturas fornecidas pela universidade e as necessidades estudantis básicas. A ausência de programas de assistência estudantil é reconhecidamente o principal motivo de evasão universitária que hoje atinge o índice de 20%. Com a implementação do ReUni, que expandiu o quantitativo de estudantes e cursos sem a estrutura mínima necessária, algumas bandeiras se tornam urgentes para a assistência dos estudantes, portanto, lutamos por: moradia universitária já!; entrega imediata e auditoria das obras de Bandejão, com acesso à comida por todos os campi; cantina de qualidade em todos os campi; equiparação das bolsas de graduação ao salário mínimo; aumento no número de bolsas; revisão dos critérios da bolsa permanência; pelo direito ao acúmulo de bolsas; creche universitária já!; transporte intercampi frequente.

Por uma universidade pública, gratuita e de qualidade para todos

Nossa greve foi nacional porque a precarização da educação é a mesma em todas as Universidades. A direção majoritária da UNE, assim como a atual gestão do DCE, ao defenderem as desastrosas políticas do governo para a educação, contribui para o sucateamento da universidade, ocasionando a falta de salas de aula, falta de professores, sobrecarga dos professores, contratos para professores “temporários” e redução do número de efetivos, ausência de estrutura mínima para o desenvolvimento dos cursos, dentre outras tantas questões.

Aqui na Unirio, o curso de Serviço Social está paralisado e em luta por conta da falta de professores e salas de aula. Outros cursos do Reuni, como Administração pública e Ciência Política (que hoje tem um déficit de 10 disciplinas sem professor), passam por situações bastante parecidas.

Os estudantes sentem na pele a falta de qualidade e, por isso, fizeram greve estudantil. Uma greve que foi organizada pela base em cada Universidade e nenhuma entidade falou em nome da greve; quem falou em nome dos estudantes grevistas foi o comando de greve. Não confiamos na direção majoritária da UNE, que defende todas as políticas do governo federal e não toca as lutas!


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Novos dias no EAD !

Hoje e amanhã, dias 24 e 25 de novembro, estão acontecendo as eleições nos pólos de EAD. Conheça um pouco mais de nossas propostas específicas para a modalidade!



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Blog em construção

Em breve teremos aqui nossos materiais e os posicionamentos políticos da chapa.


Apesar De Você

Amanhã vai ser outro dia

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Esse samba no escuro

Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
De "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria

Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença

E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia

Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai se dar mal, etc e tal
La, laiá, la laiá, la laiá